quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

CRIVELLA SONHA COM O PALÁCIO

Ministro quer se candidatar a governador do Rio, mas, antes, pedirá autorização a Dilma
Para quem pensa que 2014 será uma fatura a ser liquidada entre o deputado federal Anthony Garotinho (PR), o senador Lindbergh Farias (PT) e o vice-governador Luiz Fernando Pezão (PMDB), o ministro da Pesca, Marcelo Crivella, avisa que pode entrar na disputa. A largada só depende de uma sinalização de seu partido e do aval de Dilma Rousseff.
Licenciado do cargo de senador e no primeiro escalão do governo Dilma desde março do ano passado, Crivella diz que tomará a decisão final em junho, quando o PRB fará sua convenção.
- Se for convocado pelo PRB, estou pronto. Mas, antes, converso com a presidente Dilma – promete, leal até o tratamento feminino preferido pela presidente.
Derrotado em 2004 na disputa pela Prefeitura do Rio, em 2006 ao tentar o governo do estado e, novamente, em 2008, noutra tentativa pela prefeitura, elegeu-se senador em 2002 e 2010. NO gabinete, ao redor de uma mesa recheada de livro sobre atuns, tilápias e outros peixes, diz que agora quer se debruçar sobre a pasta e tirar do papel seus projetos. Mas não deixa o discurso de pré-candidato.
- Que político não gostaria de governar seu estado?
- Lança a isca.
‘Há espaço para uma terceira via no Rio’
Entrevista
Como o senhor vê o cenário para 2014?
No Rio, a eleição não está decidida. Pezão e Lindbergh são boas opções, mas há espaço para uma terceira via. Esse candidato pode ser o Garotinho ou eu.
Então, o senhor vai disputar a sucessão de Cabral?
Se o PRB me convocar, estou pronto. Tenho que considerar o cenário nacional, conversando com a presidente Dilma. Neste momento, estou focado no Ministério da Pesca. Estou percorrendo o país para destravar a burocracia para os pescadores conseguirem crédito. Mas que não gostaria de governar o seu estado?
Quando o PRB decide?
Teremos em junho a convenção. O partido tem necessidade de candidatura majoritária. Os candidatos a deputado tendem a ser prejudicados sem um nome disputando a majoritária.
Existe espaço para uma candidatura de oposição no Rio?
Não. Tenho um imenso orgulho de ter ajudado a construir o governo Cabral, e, especialmente, a aliança dele com o Lula em 2006.
Fonte: Jornal Extra